Pense Como um Usuário

Quando você estiver trabalhando em um projeto de IPTV/OTT, mais cedo ou mais tarde surgirá a questão de como o usuário interage com seu serviço. Se você ganhar um novo cliente satisfeito ou se ele continuará buscando um recurso mais conveniente depende de você ter criado uma interface prática e intuitiva. Às vezes, isso pode ser bastante difícil, pois pode exigir um especialista com muita experiência em design e visualização. Nessa fase, conceitos como design de UX e UI entram em jogo.

Por que isso é necessário?

O objetivo do design de UX é o mesmo para qualquer negócio: resolver a questão do usuário, vendendo com sucesso seu produto ou serviço para ele. Na era digital, a interface desempenha uma função semelhante à de um consultor de vendas em uma loja ou a de um gerente de vendas em um escritório. Com base na experiência pessoal de interação com a interface do seu site ou serviço, o usuário toma uma decisão — ficar ou não ficar? Gostar ou não gostar. Comprar ou não comprar. Assim como escolhemos cuidadosamente a equipe, precisamos avaliar a aparência e as capacidades de um serviço na internet. Você precisa saber quais funções da interface atrairão os usuários e quais farão com que eles busquem os serviços de concorrentes. O sucesso do seu negócio depende em grande parte disso. Preparamos uma seleção de regras básicas que permitem avaliar as «qualidades profissionais» da sua ferramenta de vendas virtual.

1. As Pessoas Não Leem, Elas Escaneiam

Essa é a primeira regra que qualquer pessoa que se comunique com clientes através da tela do dispositivo deve lembrar. Quando os usuários visitam seu site ou aplicativo, eles não lerão todo o seu conteúdo enquanto fazem comparações e decidem qual ação tomar. Eles clicarão na primeira coisa que parecer adequada para eles.

O Diagrama de Gutenberg

O Diagrama de Gutenberg mostra esquematicamente para onde os usuários direcionam sua atenção ao navegar pelo conteúdo em qualquer dispositivo, seja um smartphone, laptop ou TV. Quando olhamos para uma página, a dividimos em 4 áreas:

2. O Princípio KISS

KISS é um acrônimo que pode representar várias coisas. Os mais populares são "mantenha a coisa simples, seu estúpido" e "mantenha a coisa curta e simples". Esse princípio é considerado uma das regras principais do design de UI/UX. Ele enfatiza que a interface deve ser simples e intuitiva, que o significado dos elementos deve ser óbvio, e que o usuário deve conseguir alcançar seus objetivos com um número mínimo de ações.

O aplicativo deve ajudar o usuário a alcançar seu objetivo. Não é um fim em si mesmo. Se a navegação e a estrutura do site não forem intuitivas, isso fará com que os usuários tenham mais perguntas e será mais difícil para eles entenderem como o sistema funciona e como podem ir do ponto A ao ponto B. Isso os deixará desconfortáveis em um nível subconsciente, e eles desejarão sair do seu site.

3. Não Faça o Usuário Pensar

Não exija muito do usuário. Quanto menor o número de ações necessárias para experimentar o serviço, maior a probabilidade de que o visitante do seu site realmente o faça.

Pessoas que estão explorando seu site pela primeira vez não estão interessadas em preencher formulários longos para criar uma conta que podem nunca mais precisar. Dê ao cliente potencial a oportunidade de usar o produto sem forçá-lo a fornecer muitas informações pessoais.

4. A Lei de Fitts

A Lei de Fitts descreve a relação entre o tempo necessário para mover-se até um alvo, o tamanho desse alvo e a distância até ele. Funciona assim: quanto mais fácil for encontrar um alvo e quanto menor a distância até ele, mais rápido e mais fácil será mover-se até esse alvo.

Podemos tirar 2 conclusões dessa lei:

5. A Lei de Hick

Essa lei afirma que quanto maior o número de escolhas, mais longo e difícil será o processo de decisão. Se complicarmos o processo de tomada de decisão, aumentamos o nível de estresse da pessoa e a deixamos mais nervosa. Uma variedade de opções pode causar uma reação emocional, resultando na sensação de que nenhuma das soluções é adequada.

6. Relação Sinal-Ruído

Um sinal — é a informação que você gostaria de comunicar.

Ruído — é a informação extra que embaralha o sinal.

Para criar um design eficaz, você precisa encontrar a relação ideal entre esses indicadores. Remover elementos desnecessários ou destacar elementos importantes ajudará você a colocar o foco correto e comunicar as informações necessárias.

Um design minimalista maximizará sua relação sinal-ruído. Mas isso é sempre apropriado? Você frequentemente tornará a aparência do seu site menos atraente ao remover elementos secundários. Portanto, um pouco de "ruído de fundo" não faz mal. O ponto principal a lembrar é que ele não deve bloquear o sinal. Minimalismo é bom, mas às vezes a simplicidade é suficiente!

7. Comunicação Eficaz + Redação Correta

Aaron Markus, fundador e presidente da AM+A, um dos principais especialistas mundiais na área de design e usabilidade, identifica três princípios fundamentais que regem o uso do conteúdo de "linguagem visual" em seus trabalhos sobre como apresentar informações visuais de forma eficaz:

8. "Bolsa de Miller"

É bem conhecido que as habilidades do cérebro humano não são ilimitadas. Em 1956, o psicólogo americano George Miller determinou que a memória de curto prazo, como regra, não pode armazenar mais do que sete unidades de informação (+/- dois). Essa é a chamada "bolsa" de itens que estão disponíveis para a lembrança mental.

Não percebemos o significado completo dos elementos, mas apenas suas características gerais externas. Em outras palavras, o que está contido na "bolsa" não é tão importante. O que é importante é que ela não pode conter mais do que sete itens. Se o número de informações aumenta, nossa memória divide as informações em subgrupos compostos por cinco a nove elementos. Isso oferece algumas lições que são diretamente relevantes para os designers de sites. Por exemplo, não crie um menu que seja muito grande. Se você precisar criar um menu com muitos itens, use categorias. Agrupe informações semelhantes: essa regra também pode ser classificada sob a Lei de Hick, que mencionamos anteriormente.

9. Teoria da Proximidade

Agrupar componentes que são semanticamente relacionados é uma maneira simples de facilitar o uso de um recurso para os clientes. Muitos de nós estão familiarizados com as funções "Abrir" e "Salvar" (que são como um garfo e uma faca), e elas estão agrupadas em um só lugar. Funções similares estão localizadas próximas umas das outras. Elas seguem uma certa lógica, reduzindo o tempo necessário para entender o que são.

Quatro princípios devem ser considerados ao agrupar elementos em uma página:

10. Princípio dos Corrimãos de Pontes

Outra palavra para esse princípio é "proteção contra erros". Esta é uma regra muito simples que frequentemente é ignorada: proteja o usuário de ações que ele não pode ou não deve realizar. Por exemplo, se a imagem não for clicável, ela não deve ser destacada como um elemento ativo quando o usuário passa o cursor sobre ela.

11. Princípio do Empréstimo Inteligente

Não adianta reinventar a roda. Se uma solução pronta for adequada, ela pode ser emprestada e adaptada ao seu produto. O empréstimo de ideias bem-sucedidas dos criadores de programas semelhantes reduz o tempo de aprendizado do usuário e torna o uso do nosso produto mais confortável. Isso porque eles podem usar as habilidades que já adquiriram ao trabalhar com sua aplicação.

12. Tendências ou Soluções Comprovadas

Algumas tendências surgem para atender a uma necessidade especial (por exemplo, o menu hambúrguer) ou em resposta a mudanças na indústria (vídeos de fundo). Esteja pronto para se adaptar a qualquer coisa. Este é um ótimo conselho, especialmente em design de sites, onde novas tendências estão constantemente surgindo.

Não há nada de errado em seguir essas tendências. No entanto, quando se trata de novas «funcionalidades», é interessante considerar como copiá-las para o seu aplicativo afetará a usabilidade. Não se deixe levar demais e siga a moda cegamente sem primeiro analisar as necessidades do seu público. No final, seu produto deve satisfazer sua base de usuários. Foi para o benefício deles que você criou seu produto. Invente algo novo apenas se você tiver certeza de que a ideia é realmente boa. Caso contrário, é melhor usar uma solução tradicional.

O design deve ser inovador e novo, mas ao mesmo tempo familiar para o usuário. Se o usuário já está acostumado com algo, ele aprenderá rapidamente novos itens e terá mais prazer em trabalhar com seu programa ou site.

Siga as expectativas dos usuários e você conquistará facilmente a confiança deles!

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